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Nos centros de operação, as decisões precisam ser tomadas em segundos, e cada comando interfere diretamente na integridade de pessoas, ativos e sistemas. Nesse contexto, a segurança operacional vai além de protocolos: deve estar incorporada como cultura organizacional.

Trabalhar com operação em tempo real exige não apenas domínio técnico, mas também atenção plena, comunicação clara e responsabilidade coletiva. A segurança começa quando operadores, técnicos e engenheiros têm clareza sobre as atividades em execução e sobre as informações que estão sendo repassadas.

Práticas essenciais de segurança operacional

  • Confirmação de comandos

Antes de executar qualquer manobra enviada pelos centros de controle (COG, COT ou COS), é fundamental confirmar o entendimento da ordem. Repetir ou validar a informação evita falhas de interpretação, que em ambientes elétricos podem ter consequências graves.

  • Análise Preliminar de Risco (APR)

A APR não é apenas um documento, mas um momento de alinhamento entre equipes. É nessa etapa que se avalia se a tarefa está clara, se os riscos foram devidamente identificados e se todos os envolvidos estão cientes de suas responsabilidades.

  • Cuidado coletivo

Tanto em campo quanto em salas de controle, a atenção ao colega de trabalho é parte essencial da segurança. Alertar sobre potenciais riscos, reforçar informações ou esclarecer dúvidas contribui para a prevenção de falhas.

  • Registro de atividades

A documentação de manobras, horários, interlocutores e condições do sistema garante rastreabilidade. Registros completos e claros servem de referência para auditorias, análises de incidentes e processos de melhoria contínua.

  • Segurança como prática constante

Pressões operacionais — como prazos, contingências ou demandas de restabelecimento — fazem parte da rotina. No entanto, etapas de segurança não podem ser negligenciadas, já que sua função é reduzir riscos e preservar a integridade do sistema e dos profissionais.

Consolidar a segurança como parte da cultura organizacional significa transformar boas práticas em hábitos. Confirmar tarefas, esclarecer dúvidas, cuidar da equipe e não normalizar riscos são elementos fundamentais para que a operação se mantenha confiável, rastreável e segura.

Autor: Emerson Rodrigues – Especialista em Operação de Energia